Paz na pousada

Ronaldo se desculpa Benê e ele ceia com a família

 

A cena traduz o verdadeiro espírito natalino. Noite de ceia na pousada de Edite e Sandrinha está entediada. Não é bem tristeza, é tédio mesmo – ou saudades. Zanzando com José nos braços sem ter o que fazer, em meio aos festejos dos hóspedes e da família, ela só tem um pensamento. Se pudesse fazer um pedido, Sandra desejaria que seu amor estivesse ali do seu lado. Mas Benê não vem – não depois do que Ronaldo aprontou.

Mas, peraí! Da varanda ela ouve  uma moto. Chega mais perto e não acredita no que vê: Benê me pessoa. Ele traz um embrulho, um presente para o seu moleque. Não quer que o filho cresça como ele, sem presentes, sem amor. Sandrinha, radiante, abre  o embrulho. É uma chuteirinha: “Pra ele ser craque como o pai”, diz cheio de orgulho.

Nessa hora, atraído pelo movimento na porta da pousada, Ronaldo aparece. Sandrinha se assusta, prevê confusão. Benê tasca o pé no pedal, ronca o motor. Quer ir embora, ficar pra quê? Mas Ronaldo surpreende a todos. Estende uma taça para Benê, pede perdão pelo lance do relógio e insiste que ele fique, ceie com eles naquela noite. Benê hesita, mas, diante da sinceridade de Ronaldo, aceita. É o início de uma noite feliz.